domingo, julho 24, 2005

Peguei o JC pra cristo


O "Jornal do Condomínio" é meu passatempo preferido. Costumo assinalar os erros de ortografia como quem entra num jogo de caça-palavras. Na última edição, tive sorte: havia bastante trabalho a fazer. Em relação à língua portuguesa, os editores são subversivos. Não só erram, como criam palavras, testando os limites da linguagem. "Marremotos", por exemplo, seriam terremotos causados por marrecos? E um "cigarro acesso", seria um acesso especial para fumantes? "Comparmos" tornou-se um verbo dúbio, que tanto pode ser "comprarmos" como "compararmos". Há muito o que aprender com o JC - e olha que a gente só vê a grafia. Questões de estilo, como os lides que começam sempre com a palavra "Realmente" e o uso indiscriminado de "etc", tomariam todo o blog. Mas descobri algo que me deixou preocupado. Nesta última edição, os editores criaram um espaço para erratas. Com isso, ou os erros serão mais raros, ou a seção de erratas tomará 80% das futuras edições.

Repeteco


Notícia boa é assim: merece dobradinha.

quarta-feira, julho 20, 2005

Virgem, porém universitária

Um deputado de Uganda propôs uma lei curiosa. Sulaiman Madada quer que o governo pague a faculdade das meninas ugandesas que chegarem virgens ao fim do Ensino Médio. Para ter direito ao benefício, as candidatas deverão passar por um exame ginecológico. Quem preenche o requisito e quer estudar em Uganda pode clicar aqui

Tirou zero? Seu sucesso foi adiado.

A palavra "fail" (falhar) deveria ser banida das salas de aula inglesas. Em seu lugar, deveriam usar "deferred success" (algo como 'sucesso adiado') para não desmoralizar as crianças. É o que defende a PAT, a associação de professores daquele país. Notícia completa, em inglês, aqui

It´s raining man

Está chovendo homem - mas não do jeito que a Gloria Gaynor imaginava. Um senhor se jogou do décimo andar do prédio que fica na esquina da Avenida Paulista com a Rua da Consolação. Quase acertou num pedestre, o que levaria mais um para o outro mundo. Isso, aliás, ele já fez duas semanas atrás, quando atirou num estudante vizinho de apartamento - por causa do barulho que fazia, disseram. A nota completa, aqui

Culto à chaleira

Fanáticos malaios que cultuavam uma chaleira gigante (a notícia fala de um 'bule de chá') foram presos depois que a sede da curiosa seita foi incendiada. Provavelmente alguém esqueceu o fogão aceso... Veja a notícia completa aqui

terça-feira, julho 19, 2005

Um homem chamado cavalo

Não, não é aquele filme que a Globo passava nos anos 70... É bem pior. Diz a nota: "Um homem morreu em um sítio nos Estados Unidos freqüentado por zoófilos ao ser sodomizado por um cavalo, informou a polícia nesta segunda-feira". (veja a nota completa)

Crase ataca Nova York


O office-boy de Pasquale, o professor, me confidenciou que está inquieto. Ele, que já foi a Nova York e gosta da cidade, não costuma usar artigo antes do nome daquela que já foi chamada de Nova Amsterdã numa época em que lá só havia vícios, desordem e corrupção - algo como a Brasília de hoje, só que sem Niemeyer. Afinal, continuou, ninguém diz "A Nova York está barulhenta hoje" ou "vou na Nova York e já volto", a não ser, nesse último caso, que seja uma padaria ou bairro da zona leste. Por isso, causou estranheza a crase em "viagens à Nova York". Bom entendedor que é, o valoroso assistente imaginou ali uma possível ausência do complemento "cidade" - "viagens à cidade de Nova York, vá lá, é o que queriam dizer", pensou ele - mas não havia "cidade" no texto. Assim, pensou, fosse ele o autor, escreveria simplesmente "a Nova York", forma tão elegante quanto a Big Apple.

Infame


- A de 9 volts já disse que não vai. Já as irmãs Alcalinas juram que só saem de lá carregadas.

quinta-feira, julho 14, 2005

No meio do caminho de "Lost" tinha uma crase


Lost é um seriado popular na TV fechada. Sei disso porque já vi pontos de ônibus decorados com publicidade da série. Também é popular em alguns PCs, pois conheço quem (quem?) consiga episódios via internet antes mesmo da exibição no Brasil. (Eu mesmo nunca vi, mas sei que envolve um acidente misterioso e pessoas que mal se conhecem, presas numa ilha perdida. Como já sei mais que a maioria da população brasileira, posso escrever sobre isso sem remorso.) Aqui, contudo, o mistério é outro. O que teria pensado o repórter quando cometeu uma crase antes de Lost? Enviei um e-mail ao famoso professor Pasquale, que, quando não era tão famoso assim, me ensinou português no cursinho da rua Tamandaré, em 1987, e hoje corrige jornalistas por todo o País, certamente ganhando bem mais que salário de professor. Como era de se imaginar, não tive resposta - acho que ele não se lembra mais de mim. Assim, presumo que, como "lost", em inglês, pode ser tanto "perdido" como "perdida" ou mesmo "perda", sou forçado a entender, até por questões de corporativismo e defesa da classe, que o repórter (ou seria a repórter?) preferiu o gênero feminino e tascou - justificadamente, portanto - a crase. Agora, sim, posso assistir "à" Lost tranquilamente...

terça-feira, julho 12, 2005


Quando a gente pensa que ja viu de tudo, mais essa (do italiano Corriere Della Sera): Cafeteira-bomba fere policial e mata cao farejador no Instituto Italiano de Cultura, em Barcelona. Pobre cao. Posted by Picasa

Kham e Khaow - ou seria Khaow e Kham? - lambem-se, selando o enlace. Posted by Picasa

Boi e vaca casam-se com festa para 2.000 convidados

Bangcoc - O fazendeiro Amphol Wangboon não queria ceder sua amada ThongKhaow para nenhum pretendente, mas enfim encontrou um bom partido e um dote que não pôde recusar: caminhões cheios de capim fresco, feno, cevada e US$2.400. Assim, Thong Khaow e seu noivo, Thong Kham - um casal bovino de uma raça rara, o brâmane anão - casaram-se diante de mais de 2.000 convidados humanos na província tailandesa de Sa Kaew. Os animais vestiram trajes de seda e grinaldas de jasmim. Amphol disse que o dono do noivo, Krachang Kanokprasert, ofereceu-lhe o dote em dinheiro e forragem como parte das festividades. "Eu não queria vendê-la. Ela é especial. Mas Krachang disse que cuidará dela e que queria um casal", disse Amphol. "Se ele cuidar bem dela, eu não me importo em entregá-la".

domingo, julho 10, 2005


A ilustracao diz tudo: sem saber que titulo dar ao texto, o editor preferiu deixar em branco. O new journalism e assim: o leitor que preencha o branco com o titulo que quiser. Posted by Picasa

Sem saber a resposta da questao, o sabio reporter da Gazeta do Tatuape entrega a pergunta ao pobre leitor. Eis um bom exemplo de jornalismo investigativo. Posted by Picasa

Terrorismo a moda brasileira da nisso. Posted by Picasa

quinta-feira, julho 07, 2005


"Hora (direis) ouvir estrelas! Certo perdeste o senso!" Olavo Bilac, by Valor Economico Posted by Picasa

sábado, julho 02, 2005

A casa onde toda hora é noite

Vi nos classificados: "Vendo apto Perdizes 2 dorms - oportunidade". Liguei para o dono: "-As chaves estão lá." Peguei o carro e fui conferir. Disse ao porteiro: "-Oi, vim ver o apartamento 5B. Que andar?" Resposta: "3.o subsolo." Lugar pequeno, mas bom - se você não faz questão da luz do sol. Para mim, o melhor lugar dessa casa é o lado de fora. O horror, o horror.

sexta-feira, julho 01, 2005


PEGADINHA - Deu no jornal: 'Viva o PALMERAS', escreve o professor Jose Serra. A torcida do Corinthians delira. Um dia depois, o jornal reconhece que foi tendencioso: Serra so estava perguntando aos alunos se havia alguma letra faltando. Posted by Picasa

Esta e Kari Smith. Americana. Topou carregar propaganda na testa por US$ 10 mil. O espaco foi negociado no site de leiloes eBay. O arrematador foi o cassino canadense Golden Palace - o mesmo que comprou um Golf 99 usado pelo papa Bento XVI por US$ 245 mil. Posted by Picasa