quinta-feira, agosto 27, 2009

Belchior, enfim, dá as caras

Enquanto toda a mídia da esquerda e da direita sai à procura de Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes por toda a América Latina, o QI Negativo sai na frente e, num furo de reportagem (ou seria uma reportagem furada?), publica uma entrevista exclusiva com o cantor fujão. Ou quase isso: é que todas as respostas a nossas perguntas puderam ser encontradas na letra de "Apenas um Rapaz Latino-Americano", um dos maiores sucessos do brega-pop de protesto dos anos 70. Confira.

QI Negativo – Vamos à pergunta fundamental. Por que você sumiu?
Belchior – Descobri que a vida realmente é diferente. Quer dizer, a vida é muito pior...

QI – Então o que você teve foi uma crise de depressão.
Belchior – Já passou. Para mim tudo é divino, tudo é maravilhoso...

QI – Por onde você andou por todo esse tempo?
Belchior – Sei me esconder. Eu vim do interior, não tenho parentes importantes.

QI – Mas seu rosto é conhecido em todo o país. O que você vestia para não chamar atenção?
Belchior – Só moda popular. Correta, branca, suave, muito limpa, muito leve.

QI – Dizem que você teria fugido porque não queria pagar pensão alimentícia. É verdade?
Belchior – Que é isso... Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco.

QI – Outra versão que corre é que você teria sofrido ameaças de morte...
Belchior – Uma vez, durante um show em Las Vegas. Eu gritei “Não saque a arma no saloon, eu sou apenas o cantor...”

QI – E o agressor, foi detido?
Belchior – Na hora. Depois ainda provoquei: “Mas, se depois de cantar, você ainda quiser me atirar, mate-me logo!”

QI – Ninguém deixa realmente tudo para trás. O que você trouxe consigo?
Belchior – Trouxe de cabeça uma canção do rádio. Mais nada.

QI – Mas não é perigoso perambular assim, sem destino? Como você se defende?
Belchior – Cantando. Você sabe: sons, palavras, são navalhas...

QI – Aliás, dizem que suas músicas são precursoras do rap, quase declamadas...
Belchior - Não me peça que eu lhe faça uma canção como se deve.

QI – Ok, liberdade de criação é tudo... Mas mudando de assunto, o que você tem feito nesses meses de sumiço?
Belchior – Tenho ouvido muitos discos, conversado com pessoas...

QI – Muita gente tem sentido sua falta. Inclusive os fãs. Qual seu recado para eles?
Belchior – Eu não posso cantar como convém sem querer ferir ninguém.

QI – E dá para dormir tranquilo sabendo que há pessoas preocupadas com você?
Belchior – Isso me incomoda menos que papo, som, dentro da noite. Aí é que eu não prego o olho.

QI – É difícil sumir sem chamar a atenção. Você teve ajuda de algum amigo?
Belchior –Não tenho um amigo sequer.

QI – Seu carro tem estado num estacionamento do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, há meses. Sabia que não se pode largar um carro assim por tempo indeterminado?
Belchior – Sei. Tudo é proibido. Aliás, não. Tudo é permitido – até beijar você no escuro do cinema, quando ninguém nos vê...

QI – Isso por acaso é uma cantada homossexual?!? Foi por isso então que você largou tudo para trás?
Belchior – Não se preocupe, meu amigo, com os horrores que eu lhe digo. Isso é somente uma canção.

QI – Bem, melhor terminar por aqui. Obrigado pela entrevista.
Belchior – Por nada! Também tenho pressa. É que à noite tenho um compromisso e não posso faltar.

segunda-feira, junho 22, 2009

Um ESQUETA em pleno inverno!


Caderno Seu Bolso, Jornal da Tarde, 22/06/09. Abre de página: "Copa do Mundo ESQUETA a economia brasileira desde já". Uma semana depois da queda da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo. Começamos bem!

terça-feira, dezembro 13, 2005

Wirelles

O brinde - um adaptador "wirelles" - só vai funcionar se o dono for um Dornelles, um Meirelles ou outro ministro, atual ou ex.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Falar para dentro, ora, pois...

...mas é o que promete este rádio-gravador, que vem com quatro auto-falantes. Erro crássico!

segunda-feira, dezembro 05, 2005

A gente vamos mal!


Isso sim é que é prejuízo! (Colaboração da amiga Ana Cássia)

segunda-feira, novembro 21, 2005

Não resisti...


O erro foi proposital!

segunda-feira, novembro 14, 2005

As bruchas estão soltas...


...pelo menos no site da Saraiva! Vade retro, dicionário!

Taboada dói

Taboada ou tabuada? Pelos dicionário Aurélio e Houaiss, a forma correta é a segunda. (segundo o Houaiss, a primeira já chegou a ser usada - em 1600). De qualquer forma, se até a grafia da palavra foi esquecida, talvez seja hora de reviver a prática... (Estadão, 13/11/05, pág. A13)